segunda-feira, 15 de março de 2010

Novo site do Movimento das Fábricas Ocupadas no ar


Companheiros

www.fabricasocupadas.org.br no ar!

Dando um passo a mais em nossa luta decidimos retomar o site www.fabricasocupadas.org.br Sabemos que a propaganda e a ampliação das noticias, materiais e o próprio debate sobre a questão da defesa dos empregos é fundamental para a classe trabalhadora.

Por isso convidamos todos a visitarem regulamente o novo site e mais do que isso criarem links em suas paginas, ajudarem a divulgar amplamente, reforçando nossa luta

Agradecemos a todos.


Pedro Santinho

quinta-feira, 4 de março de 2010

Trabalhadores da Flaskô resistem e pede apoio para continuar campanha

Trabalhadores da Flaskô resistem e pede apoio

No último dia 10/02 os trabalhadores da Flaskô lançamento a campanha em Sumaré pela Declaração de Interesse Social da Área da Flaskô, rumo à expropriação da fábrica, como transição no caminho da estatização sob controle operário. Em conjunto com os moradores da Vila Operária, explicou-se que a luta pela referida declaração é fundamental para a desapropriação da área e regularizar as moradias. Assim, essa campanha é importantíssima para consolidar, reconhecida pelas instituições de Sumaré, o projeto desenvolvido na defesa dos empregos, na defesa da moradia, no acesso à cultura e esportes, enfim, à uma luta realizada numa área que cumpre uma verdadeira função social. Nesse sentido, a área da Flaskô (fábrica Flaskô, Vila Operária e Fábrica de Esporte e Cultura) será reconhecida formalmente pelo Poder Público Municipal, tornando-o um projeto público e permanente na área.

Os trabalhadores da Flaskô continuam com a campanha pela estatização da fábrica, sob o controle operário, pois sabem que essa é a única garantia de emprego de forma duradoura. Tal campanha é cada vez mais clara, sobretudo diante da resposta de Lula em janeiro aos trabalhadores. (veja resposta dos trabalhadores da Flaskô). Por isso, os trabalhadores estão nas ruas, cotidianamente, expondo as contradições do capitalismo e exigindo que cada fábrica quebrada seja ocupada, e retomada a produção sob controle dos trabalhadores.

A resistência da luta dos trabalhadores da Flaskô está prestes à completar sete anos. As dificuldades e ataques são grandes e cotidianos. Por isso, neste momento, é fundamental o apoio de todos os movimentos sociais, entidades, partidos, associações, etc., enviado cartas, petições, moções de apoio e outras iniciativas em direção a prefeitura e a Câmara de vereadores de Sumaré. Estamos nos mobilizando para garantir a realização de audiência pública na Câmara de Vereadores, com a presença da Prefeitura, para discutir e dar encaminhamentos em direção à expropriação de toda a área da Flaskô, como prevê o projeto de lei apresentado pelo Conselho de Fábrica da Flaskô e pelos moradores da Vila Operária durante o ato realizado.

Portanto, pedimos que encaminhem às autoridades, urgentemente, moções de apoio, com o seguinte conteúdo básico abaixo descrito, e com cópia para mobilizacaoflasko@yahoo.com.br :

 

Para: Sr Prefeito de Sumaré, Antonio Bachim

Fax: (19) 3873-6238

E-mail: chefiadegabinete@sumare.sp.gov.br

 

Para Sr. Presidente da Câmara de Vereadores de Sumaré, Geraldo Medeiros

Fax: (19) 3873-1454

Email: vereadormedeiros@sumare.sp.gov.br

C/c Pedro Santinho – Conselho da Flaskô

(19) 3854-7798

E-mail: pedro.santinho@uol.com.br

 

 

Modelo

 

Senhor Prefeito de Sumaré, Senhor Presidente da Câmara de Vereadores,

 

 

 

 

Acompanhamos a luta de resistência em defesa dos empregos dos trabalhadores da Flaskô.

 

Sabemos que esta é uma importante luta da classe trabalhadora, e que se soma à importante luta pela moradia dos moradores da Vila Operária.

 

Sabemos que muito tem que ser feito para a questão ser resolvida, por isso, pedimos que Vossas Senhorias agendem, conforme combinado e registrado na reunião de 10 de fevereiro de 2010, a audiência na Câmara dos Vereadores de Sumaré, ainda n mês de abril, para se iniciar os encaminhamentos no sentido de solucionar definitivamente a situação dos trabalhadores e moradores o atendimento às suas reivindicações.

 

Assim, desde já, nós, abaixo subscritos, manifestamos nosso total apoio à luta dos trabalhadores da Flaskô pelo Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela declaração da Fábrica e de todas sua área de entorno, como de utilidade pública, para efeito de que possa ser expropriada pelos órgãos competentes, de modo a salvar todos os empregos da Flaskô, garantir a terra aos moradores da Vila Operária e Popular e dar seguimento às atividades da Fábrica de Cultura e Esportes, mantendo a Flaskô aberta à comunidade e como exemplo para a luta da classe trabalhadora.

 

Agradecemos a compreensão sobre a importância do presente pleito, e certos de sermos atendidos.

 

Local/Data

 

 

 

___________________

Entidade

Contato (Tel/e-mail)

segunda-feira, 1 de março de 2010

Espaço Cultural: "FÁBRICA DE ESPORTES & CULTURA"

CliCk nAs ImAgEnS pAra AmPliá-LaS

CliCk nAs ImAgEnS pAra AmPliá-LaS

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

FW: Carta de respuesta de Flasko a Lula

Carta de respuesta de los trabajadores de la Fábrica Ocupada Flaskô a Lula

 

Por Pedro Santinho, Coordinador del Consejo de Fabrica de Flasko

 

En 12/01/2010 el presidente Luis Inácio Lula de la Silva contestó públicamente en su columna semanal "El Presidente Contesta", una pregunta de la estudiante de periodismo (Camila Delmondes Dias) sobre la lucha de los trabajadores de la Fabrica Ocupada Flaskô.

 

Delante de la respuesta proferida (que pode ser lidia aquí <http://imprensa.planalto.gov.br/exec/inf_detalhehora.¿ cfm?cod=54613>) entendemos que es fundamental que los obreros de Flaskô conteste a Lula y la toda la clase trabajadora lo que fue dicho por el Señor Presidente. Primero, vale la pena recordar que desde 12 de junio de 2003, cuando ocupamos la fábrica y reasumimos la producción para garantir nuestros empleos, esperamos una respuesta del Presidente. Durante aquéllos casi siete años no dejamos de luchar para la manutención de la Flaskô abierta bajo lo control de los trabajadores y en la vida exigimos esto del gobierno Federal.

 

1. Logramos 7 caravanas la Brasilia para exigir del presidente que defienda lo derecho al trabajo de los obreros de la Flaskô, pero hasta entonces nada.

 

2. Estuvimos por varias veces en éstos años, especialmente en 2009, con lo Ministerio del Trabajo (con el propio Ministro Lupi), con el Ministerio de la Seguridad, con el Ministerio de la Hacienda, con el Banco Nacional del Desarrollo Económico y Social (BNDES), en el Ministerio de Relaciones Institucionales, en la Procuraduría de la Hacienda Nacional, en la Presidencia del Instituto Nacional de Seguridad Social (INSS), en la Secretaria Nacional de Economía Solidaria (SENAES), pero lo pleito de los trabajadores no fue acatado.

 

3. En 2009, logramos una audiencia en la Cámara de los Deputados en Brasilia, en la cual Paul Singer (Presidente de la SENAES), representando el gobierno federal y en la presencia de varios parlamentares y de más de 200 trabajadores, dijo que no sabría lo que hacer en relación a Flaskô, pero que el gobierno si comprometía con la lucha de los trabajadores por los puestos de trabajo.

 

4. Cada vez que íbamos la Brasilia, en cada una das reuniones, protocolamos formalmente pedidos de ayuda, esclarecimientos, explicaciones, pospuestas, etc. Pero hasta hoy nada fue hecho.

 

5. Con lo testimonio de una delegación de 100 trabajadores, en 10 de noviembre de 2009 protocolamos, otra vez, un oficio requiriendo una reunión con lo Presidente Lula afín de buscáremos una disolución para la Flaskô.

 

6. Intentamos ser recibidos pela Presidencia, y aunque tengan sido enviados más de siete mil tarjetas postales por trabajadores de todo Brasil, en el final de 2009, conteniendo lo pedido de asamblea, nuevamente no fuimos atendidos. Informaran que la responsabilidad sobre el tema seria del Ministerio del Trabajo y que buscásemos el referido órgano. O sea, el máximo que el gobierno federal hizo fue pasar la responsabilidad al Ministerio del Trabajo (y hicimos esto, como explicamos, inclusive con lo apoyo de la Central Única de los Trabajadores). Ésa respuesta protocolar dada en 22 de noviembre, por medio de un fax, deja claro que el oficio no había sido ni leído, porque habíamos dicho que en una semana estuviéramos en reunión con lo Ministerio del Trabajo y SENAES (que, inclusive, estuvimos con un representante del SENAES en la planta de Flaskô, además de la presencia en la audiencia pública mencionada), y que dijeron no saber lo que hacer, pero que mismo así si comprometerían con algunos encaminamientos. En fin, quedaron solamente en la promesa, volviendo al "marco cero", con ése "jugar allá y para acá", dejando los trabajadores sin respuestas concretas.

 

7. De esa forma, es cierto que no teníamos recibido ninguna respuesta oficial del Presidente, hasta que fuimos sorprendidos con una respuesta pública en su columna semanal ("El Presidente Contesta"), y que circula en más de 175 periódicos del país, además de la propia pagina de internet del Gobierno.

 

Las palabras del Presidente al respecto de los trabajadores de la Flaskô, que fueron ampliamente divulgadas resultaron llegando al nuestro conocimiento, pero no de la forma y contenido que pedíamos. Veamos:

 

La estudiante Camila pregunta directamente al mister Presidente si es posible la estatización de fábricas para salvar los empleos. Dice ella:

 

Ha muchos trabajadores que luchan por la de fábricas que decretaron bancarrota. Es lo caso de los trabajadores de la Flaskô, de Sumaré/SP. ¿Es posible ésa conquista en nuestro país?

 

En primero lugar es necesario presentar un elemento histórico y factual para comenzar la discusión. Vayamos la ellos:

 

Ocupamos la Flaskô en 12 de junio de 2003, después de la asamblea realizada junto con los trabajadores de la Cipla e Interfibra que habrían ocupado estas fábricas en octubre de 2002 en la ciudad de Joinville, y volvían de Brasilia después de una reunión en el día anterior con el propio presidente. El objetivo, siempre explicamos, es salvar nuestros empleos, una vez que hacía tres meses que la fábrica estaba abandonada por los propietarios y patrones, sin funcionamiento y con más de cuatro años sin recibir derechos como salarios, FGTS y INSS. Al cierre de esta reunión se tuvo el compromiso del Presidente en encontrar una disolución que rescatara todos los empleos en las fábricas ocupadas. El presidente afirmó que la estatización no estaba "en la carta", pero que constituiría una comisión del ministerio para analizar y presentar una salida.

 

Nos mantuvimos organizados y produciendo mientras aguardábamos la respuesta de nuestro presidente. Reiteradas veces cobramos repuestas oficiales. Logramos organizar caravanas a Brasilia para cobrar la disolución y, más del que esto, comenzamos una prominente experticia que en los llevó a conclusión sobre la necesidad de defender todos los empleos y derechos y que el parque fabril que continuaba siendo asediado. Repletos de esperanza de que nuestro presidente obrero mudaría lo rumo de nuestra historia de 500 años de opresión y explotación, continuamos a producir y luchar por nuestros empleos.

 

En febrero de 2005, por medio de audiencia con lo Ministro Luiz Dulci, fue constituida una comisión de técnicos del BNDES, BRDE y BADESC (Bancos Estatales) para estudiar la viabilidad das empresas. El informe enviado al Señor Presidente afirma que "las empresas son viables" y orienta que "sus créditos sean transformados en acciones, que serian puestas como capitalización del BNDES y de un de los agentes de Desarrollo Estadual, BRDE o BADESC" (trechos del parecer del BNDES).

 

Botamos la fábrica en pleno funcionamiento, ampliando la producción y reasumiendo centenas de clientes. Además, no sólo garantimos los empleos como engendramos nuevos puestos de trabajo, así como organizamos la producción de forma a menoscabar la jornada del trabajo para 40 horas, en un primer momento, y desde abril de 2007 para 30 horas semanales (sin reducir los salarios), ejerciendo que los trabajadores pueden administrar la fábrica mejor del que los patrones parasitarios.

 

Además, organizamos un acuerdo con la Justicia del trabajo, en el cual pagamos 1% del faturamento mensual de la fabrica para quitar deudas laboralistas dejadas pela dirección patronal, ejerciendo que apenas los trabajadores ayudan los trabajadores, haciendo con que centenas de trabajadores de la época patronal pasaran a recibir sus derechos, porque la fábrica continua abierta y el faturamento garante el pago de abadengo otrora perdidos (Pedido igual - fundamentado en el artículo 28 de la Ley de Ejecución Fiscal - hacemos en la Hacienda Pública, porque 80% de la deuda de la Flaskô es con lo Estado. Pero, como sabemos, no fue acatado hasta hoy).

 

Por lo tanto, padecemos más de 200 amenazas de retirada de maquinas, a través de almonedas que pretendían pagar las deudas dejadas por los patrones. En todas las esferas en la vida explicamos que los antiguos propietarios poseen propiedades capaces de garantir la ejecución dichas deudas. Así, es preciso buscar aquéllos bienes y permitir que los trabajadores de la Flaskô solamente sigan trabajando como proponen. Esto pode ser hecho por medio de la desconstituición de la personalidad jurídica y a otorga de poderes para la dirección de los trabajadores. Mientras, el gobierno hace el con­trario. Si no bastaran las amenazadas y la no aceptación del pedido de unificación das ejecuciones fiscales, tenemos más de 250% del faturamento empeñado a pedido de la Hacienda Nacional. Por consiguiente, lo que se verifica es que nunca fue adoptada ninguna medida en dirección a defensa de la manutención de los puestos de trabajo. Actualmente, si no bastara esto, lo propio gobierno Lula es que nos criminaliza y nos responsabiliza por deudas de la dirección patronal.

 

Así, interrogamos: ¿Como es posible leer en la respuesta del presidente que no queremos olvidar la "vieja empresa fallida"? ¿Como es posible leer en la respuesta del Presidente que queremos "dividir con toda la sociedad los prejuicios de la mala dirección de los antiguos propietarios"? No, nuestra posición no es ésa. Por lo contrario, todos saben que san las políticas del gobierno que socializan los prejuicios de los patrones (Nos recordemos das varias medidas adoptadas por el gobierno durante la presente crisis). Nosotros siempre afirmamos que las deudas no pagas son impuestos que pertenecen al nuestro pueblo, para garantir la salud pública, educación, seguridad, habitación. Por eso, defendemos que se busquen la deuda en el vasto patrimonio de los antiguos dueños, como dice la legislación brasileña.

 

Lo que vimos es una opción del gobierno, porque lo que venimos en eses siete años fueran las tentativas de limarse las experticias del control obrero. La más agresiva de ellas fue la intervención de la Justicia Federal en la Cipla/Interfibra en Joinville, Santa Catarina, al pedido del INSS y ejecutada por aproximadamente 150 Guardas Federales fuertemente armados, asediando una dirección de los trabajadores que agarraban por sus empleos, en los tratando como bandidos. Lo que vimos es la opción en continuar nos amenazando con los procesos y empeños de faturamento, criminalizando lo movimiento social y suyas liderazgos, responsabilizando la dirección de los trabajadores pelos maleficios causados por las deudas promovidas por la dirección patronal y la ineficiencia de los gobiernos en cumplir solamente la Constitución Federal. Lo que rogamos está en la ley, pero la opción hasta hoy fue de adoptar la interpretación de la ley para la defensa del capital, privilegiando los antiguos patrones en detrimento de los trabajadores.

 

Si no bastase todo eso, vale clarificar otro aspecto de la respuesta del Presidente, al decir que: "los trabajadores exigen la nacionalización, permaneciendo con la vieja empresa fallida. Para mi, estatizar significa dividir con toda la sociedad los prejuicios de la mala dirección de los antiguos propietarios". Es necesario apuntar algunos hechos recientes para clarificar quién quiere dividir los prejuicios de los patrones. Veamos, y hagan sus conclusiones:

 

1. Lula autorizó la Banca del Estado (Caixa Económica Federal) a estatificar la deuda del grupo Silvio Santos, comprando 49% das acciones del Banco Panamericano. Mantiene el control con los antiguos patrones que lo administraron durante todos aquéllos años. ¿Esta nacionalización es buena? ¿Para quién? ¿O, en la verdad, trata de nacionalizar las perdidas?

 

2. Lula autorizó la Banca del Estado (Caixa Económica Federal) a comprar (por R$ 4,2 billones) 50% del capital social y 49,5% del capital votante del Banco Votorantim, favoreciendo el rescate de la familia Votorantim. Y mismo con mitad del capital mantuve lo control en la malo de los patrones. ¿Esta nacionalización es buena para quién? ¿O, nuevamente, lo pueblo es quién paga la pérdida privada?

 

3. Lula autorizó el BNDES a emprestar R$ 5 billones para Globo Televisión, propietaria de una de las más grandes deudas brasileñas con el INSS. ¿Esto es no nacionalizar los prejuicios?

 

4. Lula autorizó el BNDES a comprar por R$ 2 billones 20% de acciones de la JBS, lo más grande Frigorífico del Mundo, esto luego después lo anuncio de varias despidos y cierre de varios frigoríficos. ¿Crédito del pueblo para los ricos?

 

5. Alegando ecualizar procedimientos de cobranza de los impuestos, hicieran la creación de la "Super Receita", el gobierno derogó un artículo de la Ley de la Seguridad Social que prohibía la apropiación y asignación de ganancias cuando la empresa debía al INSS. ¿Esto es no nacionalizar los prejuicios?

 

6. Lula sancionó la Ley nº 11.945, en 4 de junio de 2009, que despensa las empresas de presentar Certificación Negación de Débitos (CND) para obtener empréstitos y refinanciamientos. A saber, de presentar este documento a los Bancos Públicos Federales, porque es cierto que los escaños privados no aceptarán botar su dinero en peligro, emprestando dinero para patrones endeudados. Pero los bancos públicos pueden emprestar a los patrones endeudados el dinero del pueblo. De nuevo el gobierno actúa a favor de los patrones.

 

La lista podría continuar por decenas de páginas. Al con­trario del que el gobierno Lula ven apuntando, nosotros no queremos que los trabajadores "paguen la cuenta" por la crisis económica promovida por los antiguos patrones. Nuestras pospuestas son sencillas y  varias veces presentadas al gobierno.

 

De esa forma, no podemos aceptar la respuesta proferida por Lula, por ignorar dos aspectos centrales. Por un lado, ignora todo el histórico del Movimiento de las Fábricas Ocupadas y la resistencia de los trabajadores de la Flaskô que durante siete años exigen soluciones del gobierno, pero que solamente reciben repuestas negativas y ataques de las instituciones gubernamentales. Por otro lado, no podemos dejar de apuntar las contradicciones del gobierno Lula. Un gobierno elegido por la clase trabajadora, pero que privilegia los patrones, como vimos con algunos ejemplos, que, en vez de defender los obreros, y en especial los que luchan contra el desempleo y las "corrupciones" patronales, como los obreros de la Flaskô.

 

Vale todavía resaltar que esa respuesta no vino en cualquier momento. En el final de noviembre de 2009 logramos un exitoso seminario, con varias representaciones políticas, sindicales y de la comunidad local, como un verdadero instrumento de frente única, y que defendió la necesidad urgente de salvar el pueblo brasileño. Defendemos que la política de neutralidad fiscal, las ampollas especulativas de créditos que se crían sirven apenas para preparar una catástrofe más a delante. Una salida segura y verdadera, según los intereses de los trabajadores es romper con los patrones y dar pasos concretos en dirección a la defensa de los trabajadores. Por eso, apoyamos las campañas por la Nacionalización de las Fábricas Ocupadas, Renacionalización de la Embraer, Renacionalización de las Ferrovías, Renacionalización de la "Vale do Rio Doce", Nacionalización 100% de la Petrobras y de todo el "Pré-sal", como algunas demandas concretas. Ése es lo desafío das entidades y organizaciones de la clase trabajadora, y de un gobierno que dice tener objetivo en defender los explotados.

 

Por todo esto, reafirmamos nuestra posición de que solamente la nacionalización bajo lo control de los trabajadores pode avalar la continuidad de la acción industrial y la manutención segura de los puestos de labor. Mientras, como tuvimos dicho en eses siete años, y como dicen el informe del propio BNDES, hecho a pedido de Lula, queremos dialogar con el gobierno y buscar soluciones. No obstante, lo que vimos es que el gobierno "habla mucho y hace... mucho, pero contra los trabajadores", como dijo un trabajador de la Flaskô al leer su respuesta en el periódico.

 

Entendemos que todavía ha tiempo para salvar la lucha de los trabajadores de la Flaskô. Nosotros queremos resolver los problemas. La intransigencia fue siempre del gobierno que nunca en nos dio reales perspectivas, más allá de emplear medidas de criminalización contra los propios obreros. Nosotros queremos dialogar. Y, en ese sentido, vale leer un trecho de la respuesta dada: "con la nuestra oferta de asistencia técnica y de crédito, el camino estará abierto para la completa recuperación de la empresa".

 

Hace años que estamos pediendo ése tipo de ayuda. La última vez fue lo no recibimiento de la perpetración de trabajadores pela Presidencia de la República, a pesar de los siete años de lucha y los siete mil tarjetas postales enviados en el final de 2009, donde si pedía la reunión. Y ahora el gobierno públicamente dice esto. Óptimo. Si ahora vino la respuesta, diciendo que pueden prestar asesoría, vayamos aplicar concretamente. Apliquemos y defendamos esas pospuestas. Y, por eso, requerimos, de nuevo, una reunión con lo Presidente Lula.

 

Presidente Lula, el Señor fue elegido por los trabajadores. Señor Presidente, queremos su ayuda. Nosotros somos obreros y luchamos por nuestros empleos. Luchamos por nuestra dignidad y por sustentar nuestras familias. Luchamos para demostrar que el control obrero es más benéfico para toda la población, que cumple una verdadera función social. Luchamos por una sociedad libre e igualitaria, y, por eso, contra la lógica patronal.

 

Concretamente, Señor Lula, esto comienza por amnistiar los dirigentes das fábricas ocupadas de los crímenes que están los responsabilizando por las deudas de los patrones; que envíe inmediatamente técnicos y créditos; que nos ayude con la venta de nuestros productos porque nuestra producción es utilizada por varias empresas estatales y otras controladas por el BNDES.

 

¡Viva la lucha de los trabajadores de la Flaskô!

¡Viva la resistencia de la clase trabajadora!

¡Viva la unidad obrera internacional!

 

 

Sumaré, Sao Paulo, Brasil, 22 de Enero de 2010.

 

Pedro Santinho - Coordinador del Consejo de Fabrica de Flasko

 


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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ato Público da Flaskô - Abaixo-assinado (on-line) e Moções

 

Companheiro(a)s,

 

A luta da fábrica ocupada Flaskô caminha para seu sétimo ano. Muitas são as dificuldades. Mas a resistência cresce...

 

I) Ato Público em Sumaré

 

No último dia 10, realizamos o ato de lançamento da campanha pela declaração de interesse social da área da Flaskô, envolvendo a fábrica ocupada, a ocupação de moradia da Vila Operária e Popular, e a Fábrica da Cultura e Esportes. O ato foi vitorioso. Demos passos concretos em direção ao Poder Público Municipal, pressionando à Prefeitura e Câmara de Vereadores para atender as demandas apresentadas, que estipularam compromissos e prazos a serem cumpridos.

 

Veja a notícia sobre o ato da Flaskô e da Vila Operária em: http://www.marxismo.org.br/index.php?pg=artigos_detalhar&artigo=502

 

Veja a ata da reunião com a Prefeitura em anexo.

 

II) Campanha - Abaixo-assinado e moções

 

Caberá agora continuar organizados e mobilizados para que tenhamos o resultado final: a declaração de interesse social da área da Flaskô.

 

Para tanto, a campanha de abaixo-assinado e envio de moções será fundamental. Por isso, contamos com seu apoio.

 

Abaixo segue:

 

1) Assine o abaixo-assinado on-line em:

 

2) Modelo de moção (favor enviar a moção para mobilizaçãoflasko@yahoo.com.br)

 

MOÇÃO

 

Em apoio ao projeto de Lei de Iniciativa Popular pela declaração da Flaskô (Fábrica Ocupada e sob Controle dos Trabalhadores) como de Utilidade Pública.

 

 

Nós, abaixo subscritos, manifestamos nosso total apoio à luta dos trabalhadores da Flaskô pelo Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela declaração da Fábrica e de todas sua área de entorno, como de utilidade pública, para efeito de que possa ser expropriada pelos órgãos competentes, de modo a salvar todos os empregos da Flaskô, garantir a terra aos moradores da Vila Operária e Popular e dar seguimento às atividades da Fábrica de Cultura e Esportes, mantendo a Flaskô aberta à comunidade e como exemplo para a luta da classe trabalhadora.

 

Data, Local

 

Nome/RG ou CPF/Entidade

 

Contato/email-telefone

 

III) Campanha Nacional - Lula, atenda aos trabalhadores da Flaskô

 

Por fim, vale ressaltar que seguimos pressionando o governo federal para que atenda às reivindicações dos trabalhadores da Flaskô e do Movimento das Fábricas Ocupadas. 

 

Nesse sentido, vale a pena conferir a carta de resposta dos trabalhadores da Flaskô à declaração do Lula sobre a possibilidade de estatização da Flaskô. Veja em http://www.marxismo.org.br/index.php?pg=artigos_detalhar&artigo=495

 

As tarefas são grandes! Somente com a unidade da classe trabalhadora é que avançaremos na construção do socialismo.

 

Por isso, as campanhas de frente única são fundamentais, como as da defesa da Flaskô, com sua declaração de interesse social e a garantia de moradia e água para a Vila Operária e Popular, o combate à criminalização dos movimentos sociais, a reforma agrária, a reestatização da Vale e Embraer, a campanha de estatização de 100% da Petrobras e do Pré-sal tem que ser nosso!

 

Saudações de luta,

Alexandre Mandl

Membro do Conselho de Fábrica da Flaskô

www.defenderaflasko.blogspot.com

(19) 8129-6637

 

 


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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Assine a petiçaõ on-line

Os trabalhadores da Flaskô iniciam uma grande campanha. Ajudemos!

1. Assinando e divulgando a petiçaõ onte line

2. Imprimindo e coletando adesões do abaixo assinado em sua escola, faculdades, local de trabalho ou moradia

MOÇÃO

Em apoio ao projeto de Lei de Iniciativa Popular pela declaração da Flaskô (Fábrica Ocupada e sob Controle dos Trabalhadores) como de Utilidade Pública.

Nós, abaixo subscritos, manifestamos nosso total apoio à luta dos trabalhadores da Flaskô pelo Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela declaração da Fábrica e de todas sua área de entorno, como de utilidade pública, para efeito de que possa ser expropriada pelos órgãos competentes, de modo a salvar todos os empregos da Flaskô, garantir a terra aos moradores da Vila Operária e Popular e dar seguimento às atividades da Fábrica de Cultura e Esportes, mantendo a Flaskô aberta à comunidade e como exemplo para a luta da classe trabalhadora.

Data, Local

Nome/RG ou CPF/Entidade

Contato/email-telefone

Carta de Solidariedade aos Trabalhadores da Flaskô

Carta de Solidariedade aos Trabalhadores da Flaskô

 

Sumaré, 18 de janeiro de 2010

 

 

Camaradas,

 

A unidade na ação direta em defesa da Flaskô será decisiva para nossa vitória.

 

Em discussão coletiva nesses quase sete anos, e em especial após o último seminário realizado em novembro de 2009, decidimos lançar uma campanha pela Decretação da Flaskô como de utilidade pública junto ao Município de Sumaré.

 

Para tanto, faremos o ato de Lançamento da Campanha no dia 10 de fevereiro, nos concentrando em frente à Fábrica às 9h00. Depois seguiremos à Prefeitura onde apresentaremos ao Prefeito Bacchin o Projeto de Lei de Iniciativa Popular que declara a Flaskô como de utilidade pública para efeito de expropriação. No período da tarde realizaremos a continuidade do ato público, mas em frente ao Fórum, para barrar mais um leilão de máquinas que ocorrerá às 15h30.

 

Este projeto de Lei abrange toda a Vila Operária e para a Fábrica de Cultura e Esportes. Para sua aprovação teremos que conseguir 7.000 assinaturas de eleitores de Sumaré e amplo apoio de outras localidades.

 

O Ato do dia 10 de fevereiro será o marco de lançamento da Campanha e entrega do Projeto de Lei ao Executivo local. 

 

Contamos com o apoio de vocês para o empenho no recolhimento de adesões em apoio ao Projeto de Iniciativa Popular, tanto pessoais como de entidades, além de também pedir ajuda nos mutirões para o recolhimento de assinaturas dos eleitores em Sumaré, depois do dia 10.

 

Entendemos que esse projeto (em anexo – doc. 01) é um importante passo para avançarmos na luta pela estatização da fábrica, garantindo a Flaskô sob controle operário abrindo perspectivas para que novas fábricas sejam ocupadas e colocadas sob gestão dos trabalhadores.

 

Portanto, pedimos que assinem a Moção em anexo (doc. 02). Esta deve estar voltada ao conjunto das organizações estudantis, sindicatos, movimentos e partidos que se posicionam em defesa dos empregos, moradia, educação, terra, cultura, etc., na perspectiva de uma sociedade socialista.

Enviamos, por fim, o link do documentário sobre a Flaskô ajude a divulga-lo.Ponha em seu site, em seu blog.

Veja o documentário apresentado pelo canal Multishow na integral. Dividido em 3 partes.

Parte 1 -  http://www.youtube.com/watch?v=fMW6HWEFSxA

Parte 2 - http://www.youtube.com/watch?v=2frCO_65DMk

Parte 3  - http://www.youtube.com/watch?v=oKajIl6gnj0

O Conexões Urbanas em 20/11 desembarcou em Sumaré, interior de São Paulo, para conhecer a Fábrica Flaskô, que desde junho de 2003 está ocupada e produzindo sob controle dos funcionários. Jose Junior conversa com alguns deles: João Evangelista, Wanderci Bueno, Isvaldo Costa Neto (Chaulin), Fernando Gomes, Pedro Além Santinho, Elizen Domingues e Luiz Antônio, que contam como estão buscando negociação com o Governo Federal, reuniões nos ministérios e audiência com parlamentares em Brasília para encontrar uma solução. Junior também entrevista o Dr. Agostinho do Nascimento Neto, procurador regional da Fazenda Nacional da 3ª Região SP/MG.

O Conexões Urbanas é apresentado por Jose Junior. Rafael Dragaud assina a direção e a produção é do AfroReggae. Com direção de fotografia de Alexandre Ramos, o programa aborda temas complexos de forma descontraída.

Contamos com a solidariedade de classe, ajudando a resistência dos trabalhadores da Fábrica Ocupada Flaskô.

 

Contamos com a presença de todo(a)s no dia 10 de fevereiro para o ato de lançamento da campanha em Defesa da Flaskô, sendo realizada a concentração às 9h00 na fábrica.

 

Lembrando: O ato será marcado por duas atividades. A primeira será a entrega, à Prefeitura e à Câmara Municipal de Sumaré, do projeto de lei de iniciativa popular para declaração de utilidade pública do espaço da Flaskô, incluindo a Vila Operária e a Fábrica da Cultura e do Esporte.

 

Saudações de luta,

Comitê de Mobilização da Flaskô.

 

Favor enviar a Moção e confirmar presença no dia 10 de fevereiro nos e-mails;

mobilizacaoflasko@yahoo.com.br e wanderci.bueno@gmail.com

 

Abaixo, segue a notícia sobre nossa última atividade: batucada com capoeira em frente ao Fórum, barrando mais um leilão de máquinas da Fábrica.

 

 

Trabalhadores da Flaskô propoem projeto de estatização

PREFEITURA DE SUMARÉ – SP

 

Projeto de Lei

 

Projeto de lei – Declaração de interesse social da Flaskô Industrial de Embalagens Ltda, empresa ocupada pelos trabalhadores e por eles controlada e administrada, para fins de desapropriação.

 

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE SUMARÉ - SP,

Faço saber a todos os habitantes deste Estado que a Câmara Municipal decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

 

Art. 1º Com o vigor da presente lei declara-se a empresa privada Flaskô Industrial de Embalagens Ltda, CNPJ: 59.443.754/0001-69, ocupada pelos trabalhadores e por eles comprovadamente controlada e administrada, como de interesse social e sujeita a desapropriação, visando o melhor aproveitamento da propriedade particular em destaque, em prol do interesse coletivo, nos termos previsto pelo inciso I, do artigo 2° da Lei nº 4.132, de 10 de setembro de 1962, no artigo 182, §2° e 183 da Constituição Federal e §1° do artigo 5° do Estatuto da Cidade, Lei 10.257/2001.

 

Art. 2° O Poder Executivo procederá a desapropriação dos bens imóveis, bens móveis e todo outro bem tangível que seja parte acessória da planta industrial e que se detalham no Anexo II.

 

Art. 3° O objeto da presente desapropriação é manter a fonte de trabalho sob controle dos trabalhadores, a fim de possibilitar a continuidade da atividade produtiva da empresa em questão, com a totalidade de seus bens móveis e imóveis situados na Rua Vinte e Seis, n. 300, parque Bandeirantes, na cidade de Sumaré - SP.

 

Art. 4° Determina-se que a totalidade dos direitos sobre os bens são desapropriados com o objetivo de que permaneçam sob o controle e administração dos trabalhadores da Flaskô, organizados por meio da Associação Hermelindo Miquelace, sediada na Rua Vinte e Seis nº 300, Parque Bandeirantes, Sumaré/SP, inscrita no CNPJ nº 07.559.182/0001 – 84, sob regime de locação, de acordo com o disposto no artigo 4º da Lei 4.132 de 10 de setembro de 1962, com o fim de dar continuidade à destinação social prevista.

 

Art. 5° O objeto da presente desapropriação e a conseqüente doação é garantir moradia a população, a fim de regularizar a ocupação no terreno descrito (anexo I), conhecida como Vila Operária e Popular, situada na cidade de Sumaré - SP.

 

Art. 6° Determina-se que a totalidade dos direitos sobre o terreno serão desapropriados com o objetivo de serem transferidos de maneira definitiva aos moradores de cada um dos lotes existentes, por meio de doação, comprovando-se nos termos da legislação vigente.

 

Art. 7º A partir da vigência da presente a Flaskô, controlada pelos trabalhadores, fica isenta do pagamento do passivo deixado pelo antigo proprietário em relação à Fazenda Municipal, bem como fica isenta de tributos no período subseqüente, até o momento em que seu faturamento encontre o seu ponto de equilíbrio adequado às suas necessidades, a ser comprovado pelos balanços fiscais.

 

Art. 8º Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

 

Sumaré – SP, 10 de fevereiro de 2010.

 

 

JOSÉ ANTÔNIO BACCHIM

Prefeito do Município de Sumaré - SP

 

 

 

 

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

 

Excelentíssimo Senhor Prefeito do Município de Sumaré, Estado de São Paulo:

 

Há quase sete anos os trabalhadores da Flaskô Industrial de Embalagens Ltda. vêm travando uma luta diária para a garantia de seus próprios empregos e para honrar com as diversas dívidas oriundas, a maioria delas, dos antigos patrões.

 

Naquela data, os trabalhadores da Flaskô tinham a sua frente duas alternativas, sucumbir junto com a empresa, ou, dignamente, lutar pela garantia de seus empregos, de forma duradoura, conforme consagra a Constituição Federal.

 

Assim, amparados pela ânsia de uma vida digna, os trabalhadores e as trabalhadoras da Flaskô que outrora estavam prestes a integrar as estatísticas do desemprego, ocuparam a empresa na tentativa de preservar os postos do trabalho, evitando, desta forma, o sucateamento do maquinário e a perda dos únicos meios então disponíveis para quitação das dívidas trabalhistas e tributárias.

 

            Justifica-se a declaração da propriedade particular em interesse social para fins de desapropriação pelas considerações a seguir:

 

Considerando que o Brasil é signatário da Declaração Universal de Direitos Humanos, em cujo preâmbulo pode-se ler:

 

“Considerando que é essencial a proteção dos direitos do Homem através de um regime de direito, para que o Homem não seja compelido, em supremo recurso, à revolta contra a tirania e a opressão”;  

 

“Considerando que, na Carta, os povos das Nações Unidas proclamam, de novo, a sua fé nos direitos fundamentais do Homem, na dignidade e no valor da pessoa humana, na igualdade de direitos dos homens e das mulheres e se declaram resolvidos a favorecer o progresso social e a instaurar melhores condições de vida dentro de uma liberdade mais ampla”;

 

Estipula:

 

Artigo 22º

Toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social; e pode legitimamente exigir a satisfação dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis, graças ao esforço nacional e à cooperação internacional, de harmonia com a organização e os recursos de cada país.

 

Artigo 23º

1. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições eqüitativas e satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego.

 

2. Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual.

 

3. Quem trabalha tem direito a uma remuneração eqüitativa e satisfatória, que lhe permita e à sua família uma existência conforme com a dignidade humana, e completada, se possível, por todos os outros meios de proteção social.

 

4. Toda a pessoa tem o direito de fundar com outras pessoas sindicatos e de se filiar em sindicatos para defesa dos seus interesses.

 

Artigo 25º

1. Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade.

 

 

Considerando ainda que o Município deve zelar pela guarda e aplicação da Constituição Federal, a qual estabelece:

 

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

 

II - a cidadania

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

 

 

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

       

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

 

Art. 6o São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 26, de 2000)  

 

 

Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

 

I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;

III - fundo de garantia do tempo de serviço;

IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender as suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;

VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;

VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;

VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;

IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;

XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;

XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;

XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;

XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;

 

 

Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:

 

III - função social da propriedade;

VIII - busca do pleno emprego;

 

         Já a Lei Orgânica do Município de Sumaré – SP, no que interessa a essa justificativa, preceitua:

 

Art. 1° - Os direitos sociais, a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, são garantidos a todo habitante do Município, nos termos da Constituição Federal e desta Lei Orgânica.

 

Art. 11 - Constituem objetivos fundamentais do Município contribuir para:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - erradicar a pobreza, a marginalização e reduzir as desigualdades sociais;

III - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, religião, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

 

E ainda, no que concerne em particular, para desapropriação para fins de moradia, a Lei Orgânica do Município de Sumaré – SP, explica:

 

Art. 242 - A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressa no Plano Diretor.

Parágrafo Único - É facultado ao Poder Público Municipal, mediante lei específica para área incluída no Plano Diretor, exigir nos termos da Lei Federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:

I - parcelamento ou edificação compulsória;

II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbano progressivo no tempo;

III – desapropriação (grifo nosso).

 

Art. 243 - Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

§ 1º - O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.

§ 2º - Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.

§ 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

 

         Todo o ordenamento acima referido, bem como os princípios que os norteiam, de nada servirá se o homem e a mulher não tiverem à sua disposição um emprego, um posto de trabalho.

 

            Por essa razão, no momento em que trabalhadores tomam para si empreendimentos empresariais, com o objetivo de manter os seus postos de trabalho, são merecedores de benefícios e auxílios, "para que um trabalhador possa construir verdadeiramente um futuro e não fique largado ao crime, drogas e desgraça"

 

Valemo-nos da oportunidade para renovar a Vossa Excelência e expressão do nosso profundo respeito.

           

                        Sumaré/SP, 10 de fevereiro de 2010

                       

 

Trabalhadores da Fábrica Flaskô

Moradores da Vila Operária e Popular

Apoiadores e demais munícipes de Sumaré/SP